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Quando o leão se apaixona pelo cordeiro...
 
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Jorge Nunes
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MensagemAssunto: SAGA ALVURA E TREVAS - PENUMBRA -CAPITULO TERCEIRO   SAGA ALVURA E TREVAS - PENUMBRA -CAPITULO TERCEIRO EmptySáb 14 maio 2011, 17:05

Capítulo Terceiro

MEMÓRIAS

Acordei desatinado e a dar comigo num estado intranquilo, tenso e a suar. Não consegui voltar a adormecer, ao que me pareceu terem sido cinco ou seis horas de sono. Depois, olhei rapidamente para o despertador e vi que ainda faltavam quase trinta e cinco minutos para o toque para a entrada da aula tão espectacular. Sally de um lado, golos do outro. Que mais poderia desejar? Era simplesmente aconchegante chegar àquela altura do dia, e o melhor, é que não me sentia tão negativo como o fizera de manhã, apesar do meu atordoamento ainda durar.
O sol apareceu definitivamente na janela daquele quarto, único e singular, que eu tanto apreciava. A janela ferrugenta permanecia aberta, tal como a deixara quando me levantei, irradiando claridade solarenga para depois iluminar o compartimento que parecia pintado de azul-bebé, em que, os lençóis brilhavam e o castanho dos móveis estava com um tom castanho vivo, quase a fugir para o amarelado. Puxei pela memória para me lembrar tal situação, já que estava com uma nítida sensação de ter visto tal coisa semelhante.
Seria pois, Katerown sem dúvida, a linda cidade do sol, porque era um sitio inigualável de claridade e alegria, que em deixava sempre com um sorriso nos lábios, quase como um pateta alegre. As nuvens porém, ainda permaneciam no céu azul, e tal se previam para os dias futuros, o que para mim era ideal pois a minha boa disposição, ou parte dela, voltaria.
Os meus receios não quiseram voltar e quando cheguei à escola, Anna mostrava ter recuperado o bom humor e alguma auto-estima, num grupo de três raparigas que falavam com ela alegremente.
- Isto é óptimo – Disse com a minha voz bastante entusiasmada. – Ao menos diverte-se e não repara tanto em mim.
Em seguida semicerrei os olhos até os fechar, devagar, esperando que os raios de sol, quentes, se apressassem a chegar até à minha face, mas isso era ainda um pouco difícil com o vento forte a deixar-me desconfortável ao ar livre. Os meus braços começaram a arrepiar-se e a ficarem gelados, pelo que me tive de mexer para não ficar esfriado. Para isso, fiz um esforço para me voltar a recompor, até porque o que estaria a calhar bem, acabou quando a campainha tocou e eu me virei lateralmente para o portão a ajeitar a mochila puma onde trazia a roupa para a aula, esperando que se tornasse mais confortável, pois era demasiado grande para os meus ombros finos.
A aula de Educação Física finalmente chegara. Esperava que fosse tão emocionante como em Katerown, com um ginásio enorme, e uma professora gira e competente.
A minha turma fez equipas e para meu espanto, quando a turma de Sally começou a treinar, ela não estava lá. Estaria certamente atrasada, o que me foi estranhamente incómodo, porque sabia que a sua ausência não era normal. Ela nunca se atrasava.
- Vamos começar? - Questionou-me um colega alto e com um porte atlético demasiado grande para poder mostrar-me zangado. Ainda me arriscaria a arranjar problemas, e logo lhe acenei, olhando uma vez mais para o campo contrário à procura dela. Mas Sally não apareceu
E senti-me triste. Teria ela desistido do jogo? Ou pior, do encontro? Que pensamentos tão sombrios e arrepiantes, podia senti-los. Tentei concentrar-me nos passes que teria de estar disposto a fazer, mas tudo saiu ao lado do que eu esperava e gostava. Quase nunca acertava na baliza, e quando o fazia, ou a bola ia ao poste ou à barra. Apenas me senti melhor quando um ressalto bateu em mim e muito devagar, com bastante sorte, entrou finalmente e ficou presa às malhas da baliza.
Eu suspirei quando me vieram abraçar.
- Olá Daniel! - Chamaram-me.
- Tudo bem?
- Estás bem? - Quis saber o mesmo rapaz que me alertara enquanto eu desapertava os cordões bastante grossos e apertados das sapatilhas, a caminho do balneário minúsculo. Em relação à ideia que tinha sobre Katerown, aquele cubículo era mesmo pequeno.
- Hum... Estava a perguntar-me se a tua chegada cá tem sido tão calorosa como imaginava.
A voz dele mostrava seriedade.
- Como sabes que viria? Já não é a primeira vez que me felicitam. - Bem, és mesmo bem-vindo. - Exclamou ele, com pouco à vontade. Recompôs-se com facilidade e esbocei-lhe um sorriso fechado.
- Porque dizes isso? - Questionei com estranheza nas palavras. Estava perto de saber algo que tentava esconder há algum tempo, o porquê de me fazerem tais festas quando me conheciam.
- O teu pai era um grande jogador. Todos tinham inveja dele, e quando soubemos que virias para cá, pensamos que um novo número dez fosse substitui-lo. Mas estou a ver que não estás em muito boa forma para seres igual a ele.
Afastou-se a coçar a cabeça e já longe perguntei-lhe o nome, ao que ele respondeu em bom tom o nome John Mella.
E riu-se num tom abafado. Quando o deixei de ver, permaneci sentado a recuperar memórias perdidas de um espaço amplo e com duas balizas no lugar das tabelas de basquetebol dos lados laterais. As que ali se apresentavam eram quase idênticas às do ginásio de Katerown, onde apenas a pintura em preto e branco se distanciava do que tinha em mente, de cor azul vivo.
Sentei-me e permaneci ali, ouvindo as sapatilhas dos restantes a ecoarem sobre as paredes brancas e despidas. Quando a professora Mastés passou por mim, segurei a porta com uma mão, para que não batesse, e ao percepcionar que o balneário se esvaziara, corri para lá, vestindo-me rápido e medrosamente de me ter perdido.
Tudo parecia igual e saí em direcção às escadas, algo perdidas do lado direito, mesmo ao lado da outra porta igualmente parecida à do balneário. Mostrava-me aborrecido, e como era óbvio, por causa do resultado e da ausência prolongada de Sally. Ainda por cima, o telemóvel ficara na mesa da sala, quando me preparava para sair de casa rumo ali.
Quando cheguei finalmente à entrada da casa, ninguém estava lá, naturalmente. Pousei a mochila de desporto pesadamente no sofá e sentei-me nele, com uma postura de puro cansaço.
A minha barriga fez um barulho esquisito quando pensei que talvez devesse ter respondido à mensagem que Sally tinha mandado, e que por isso, ela pudesse ter desistido de estar comigo. Deveria ter percebido que poderia não estar interessado em tal coisa, o que era completamente mentira... assim, não conseguiríamos ser amigos, e no ver dela, eu não passaria de um puto mimado e um bocado egoísta.
Ela era genial. Era meiga, gira, com carácter e bastante atenciosa. A sua pele reflectia o sol e ficava clara parecendo vidro. No meu interior saberia que valeria bem mais que vidro, seria mais diamante em bruto.
Bem... Não haveria de cair o mundo por aquilo, mas sabia que algo do género já acontecera, com um amigo meu, quando, no ano interior em Katerown ficáramos de vir à praia, e no fim de contas, ele nem apareceu devido a uma laringite, algo comum por aquela zona. Estaria a lembrar-me mais de Katerown, do que a princípio o desejaria, e isso dava-me angústia.
Lancei um olhar rápido para todos os recantos à procura de alguém que me tirasse dali, ou saberia que pelo menos quinze minutos perderia ali, até sair, se é que isso fosse possível. Tinha como último recurso o meu grito de pânico que incomodaria até os vizinhos ali à volta do liceu.
Não havia problema, pelo menos por agora. Alguém soltou um ar de riso atrás de mim e olhei para enfrentar... A empregada.
- Estás perdido?
Encolhi-me contra a parede junto à porta e tremi de receio. Porém, ela sorria.
- Já estava de saída. - Informei com a mão no manípulo da porta. Depois abri-a rapidamente e a última coisa que ouvi foi o seu riso quase maquiavélico. Aquilo era no mínimo estranho.
Percorri os corredores que me lembrava, e consegui chegar perto de algumas pessoas, para meu alívio. Estas eram apenas raparigas, mas mesmo assim pareciam ser a minha fonte de confiança por ali.
Onde se teria metido Anna? Ou o tal rapaz que falara comigo no jogo em Educação Física?
Caminhei mais calmamente até ao bar, para poder lanchar. Tudo aquilo deixara-me esfomeado, mas ir ali não seria definitivamente o local para ir uma segunda vez. Não havia ninguém e pedi uma tosta mista aquecida, para em seguida a meter no casaco, delicadamente embrulhada com guardanapos e num saco de papel pequeno. Seria o que iria abstrair até casa, pensei eu, e logo me pus a caminho, bastante desanimado.
Durante quase todo o caminho, pelo meio de nuvens algo escurecidas, permaneci calado e calmo, apesar de o meu interior estar a disparar de tristeza e aflição; não saber como e onde Sally estaria constituía um dilema mil vezes superior a que se eu fosse atropelado por um camião numa noite de tempestade, ficando completamente despedaçado.
Envolvido na confusão mais abrupta e incontestável, vivi de novo momentos igualmente traumatizantes, como guardo da minha mãe que caíra de um piso, percorrendo quase trinta degraus às voltas, e depois de ter ficado em coma, só recuperou a memória numa nova queda, em casa, onde ficou com um enorme golpe na cabeça, a sangrar por tudo que era lado. Tentei explicar tais situações de medo e susto, e finalmente percebi que estava envolto numa onda de azar.
Só podia ser isso. Primeiro a minha nova amiga não tinha aparecido, e eu, lembrava-me de uma situação idêntica em Katerown; depois o quase assassínio pela empregada meia louca que me queria fechar dentro do átrio dos balneários, bem, desta vez foi a primeira vez, e agora o eu lembrar-me da minha mãe e do terrível acidente que tinha tido. Seria uma ideia assim que me levaria a ter um acidente tão drástico?

Tinha uma sucessão de pensamentos negativos na cabeça, como fantasmas a arrombarem o meu cérebro, que de tão fraco que era, não aguentaria outra investida, sem que eu fizesse alguma asneira. Quando eu me comecei, não sei porquê, a chegar para perto de uma faca que estava no chão da sala, assustei-me com um bater agressivo na porta, uma e outra vez. Quem quer que fosse, estava com pressa, o que me deixou muito maldisposto, pois não queria estar um pouco no meu descanso de guerreiro... merecido.
Mordi o lábio e uni as mãos, fechando-as uma contra a outra bastante firmemente, enquanto os dedos se enrijeceram para que não tivesse nenhuma atitude errada. No entanto, nem uma palavra me ocorria, demasiado dura, até porque nem era assim violento, quando tive a sensação de algo a arder dentro de mim, consumindo-me o peito, que fisicamente me estava a doer profundamente. Esse sentimento doentio só passou quando, por infortúnio me decidi a abrir a porta, estando uma estátua da cor do mármore mesmo ali, colocada em frente à minha porta.
Não podia nega-lo, assustava-me ver aquilo, e jogo recuei para fechar a porta, mas apenas uma parte do pé se moveu, e o meu ser parecia petrificado ao ver ali aquela figura, com uns olhos ardentes e carregados de raiva, quase prontos a matar.
Tinha uns cabelos loiros e bastante compridos, com a face bastante graciosa, quase igual a alguém que eu conheceria em qualquer lugar.
Sally, sem dúvida, mas aquela imagem era nitidamente masculina, que tossiu antes que eu fizesse alguma coisa, depois Sally surgiu mesmo ao lado dele, o que me aliviou.
- Olá! - Disse com alguma atrapalhação. - Este é o meu pai, Lethor, Marcus Lethor.
O seu sorriso, bastante denunciado por um nervosismo plausível, fazia daquele rosto o melhor do meu dia. Ela estava mesmo ali, e era tudo o que eu mais desejava. Mesmo assim permaneci calado, vendo Marcus, que aparentava uma idade bastante jovem, o que me deixou admirado.
- Quantos anos tem o teu pai? - Sussurrei eu, na esperança de que ele não ouvisse a questão.
Sally sorriu e olhou para o pai. Depois respondeu suavemente, em tom baixo.
- Quarenta e dois. Mas ninguém lhe dá mais de vinte e três. Por vezes até pareço ser mais velha do que ele pretende... Já nos confundiram como namorados.
Mal disse tal coisa soltou uma gargalhada tímida ao meu ouvido e eu ri-me com ela, não parecendo demasiado entusiasmado. Normalmente o meu riso seria extravagante e bastante audível, pelo que tive de fazer grande esforço para me conter ali.
- Mas... Não entendo. Eu nunca o vi na escola.
- Pois não. Ele não gosta muito de lugares públicos e a abarrotar de gente. É mais do tipo... caseiro, estás a ver?
Expirei de alívio por aquele "senhor" não me querer fazer mal.
- Tudo bem. Porque desapareceste e não foste à aula?
- E que tal acabares com as perguntas? Que tal irmos sair? Recebeste a minha sms, espero. - Recebi, mas, ele vem connosco? Com um olhar repentino, o Sr. Lethor retirou-se e deixou-nos, sem que o seu olhar me deixasse mais seguro de mim mesmo.
Ele parecia quase não humano, com toda a altivez e a postura rígida que tomara. Fez-me recordar as estátuas das exposições que teria visto dois anos, os quais detestei, mas que, ao contrário de todas elas, ele até parecia uma estátua simpática. Talvez me habituasse à sua presença, caso fizesse menção de querer assustar-me de novo, claro, sempre com Sally do seu lado para me salvar do impacto tão devastador.
O seu sorriso e a sua expressão salvariam qualquer ser vivo, apenas era preciso acreditar que, com ela, haveria sempre sol, e um encontro esperava-nos.
- Vamos? – Empolgou-se ela muito rapidamente, estendendo-me o braço para que saíssemos dali rapidamente.
- Sim, vamos já.
No mesmo instante, a minha barriga parecia gelatina, e um aroma diferente vagueava no ar, muito húmido que o céu trazia. De facto, o tempo estava instável, mas para minha sorte, ainda nem uma gota de chuva tinha caído até então. Não que não fosse propriamente necessário, mas, ali, naquela altura, a chuva viria estragar sentimentos e o espírito tão próximo que nos unia. Nada parecia deter-nos, e mais admirado fiquei ao ver que um arco-íris estava a formar-se no céu. Via cores como o azul, a minha cor favorita, e quase que adivinhava a cor de Sally, por isso mandei-me a adivinhar.
- Verde…
Ela estava tão absorta ao que a rodeava que até me senti lisonjeado quando lhe falei, e, ao virar-me para ela, observei que também ela me observava. Era quase como um trocadilho montado num puzzle muito mal construído, pois se eu a estava a observar, teria de a observar para que soubesse que me observava. Basicamente, sabia que ambos fazíamos um gesto recíproco, e eu não me importava por ela estar a pensar em qualquer outra coisa e que não me ouvisse. Ali sabia que todos os meus sonhos se tinham tornado realidade. Sally fazia com que eu fosse diferente, não para mal, mas para que a minha diferença se complementasse com ela. A sua presença era indispensável, tanto a nível social como sentimental. Eu já não era mais o Daniel certinho que sabia que tinha sido, e apesar de eu nunca o ter mencionado, não me importava de ser mil e uma vezes rebelde com o único pedido antes de uma sentença de morte igualmente doloroso, de ter de ficar longe dela, daqueles cabelos ao ar, da voz melodiosa que me fazia parecer flutuar por toda a zona de Sutterfrin, e metade eu desconhecia.
- Então aquele Marcus era o teu pai? Parece-me um pouco novo demais…
Ela ficou atenta a tais palavras e olhou-se de lado, fingindo não perceber a minha questão.
- Como assim? Porque achas isso?
- Eu…, penso que… - Hesitei durante um longo tempo. A minha voz estava seca, assim como a garganta. Talvez aquilo se devesse ao ar seco e gélido que passava por nós enquanto caminhávamos pela rua.
- Aonde queres ir? Conheço um restaurante muito bom para podermos ir jantar.
- Ah… jantar? Eu estava mais virado para um lanche. É que não posso ir muito tarde para casa.
- Não costumas ter gente em casa, porque estás assim tão nervoso?
Agora é que estava a tornar-se tudo muito estranho. Como saberia Sally que os meus padrinhos viriam tarde, ao ponto de não ter ninguém em casa até de madrugada?
Optei por não opinar desta vez sobre o assunto, até porque quando quisesse explicações, estas seriam acerca de tudo, sobre o salvamento, sobre isto, e sobre como ela saberia interpretar o que eu falava, com os pensamentos ligados às mesmas. Iria esperar por um momento oportuno, mas ali não, numa ocasião tão especial, não iria deitar tudo a perder.
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