Crítica de Anne Rice sobre Twilight e True Blood

Eu acredito que o romance vampírico adolescente, Crepúsculo, foi um filme curioso em muitos aspectos, obviamente feito para meninas de 12 anos. Ele apresenta de forma muito presa a figura do vampiro de maneira que não parece fazer muito sentido. Nós temos que acreditar que um grupo de imortais escolheu uma pequena cidade no lugar de uma metrópole, e que eles tem que repetir o ensino médio (High School) para todo sempre, o que certamente soa horrível. Mas obviamente tem apelo para as crianças menores e o vampiro, Edward, é charmoso e forte, e representa de forma poderosa a metáfora do forasteiro e também o sonho de toda adolescente: um namorado que é realmente alguém profundo, carinhoso, poderoso e protetor. De certa forma, também é sobre o desejo das jovens meninas por um homem mais velho.

True Blood, a série da HBO, é infinitamente mais complexa. O show é inteligente, satírico e profundamente envolvente. É cheio de humor e no entanto seus personagens possuem cenas tenras e emocionais. Eu acho que ele prende bastante e é muito divertido de assistir. Obviamente ele tem sexo e violência demais para os mais jovens, mas para a audiência adulta é um desenvolvimento fantástico da mitologia vampírica, colocando os vampiros bem no meio do mundo contemporâneo. Eu adoro a série. Penso que o vampiro Bill é a metáfora usual do forasteiro e do pária sensível em constante sofrimento. Ele é excelente.

Mais: http://www.ambrosia.com.br/2009/06/30/anne-rice-da-sua-opiniao-sobre-crepusculo-e-true-blood/

Bom, é a opinião dela...

Já eu acho que os Cullen escolherem Forks, uma cidade pequena, a uma metrópole, está mais que explicado nos QUATRO LIVROS. Assim como o fato de eles repetirem o ginásio, o modo de vida....
A Anne Rice escreve vampiros sanguinários, mais complexos e muito mais ligados ao mito que vemos por aí..

O que (pelo que já vi) é o que se passa em True Blood.. Por isso ela prefere a série televisiva a saga Crepúsculo.

Como eu disse sobre o que King disse ao comparar a Jô com a Stephie: TUDO depende do público alvo...

E paro por aqui, pois se me aprofundar, acabado dizendo coisas desgostosoas...

Mas que a língua de alguns "ícones" deveriam ficar bem protegida dentro da boca, ah, isso eu acho que deveria sim. Mas, se fora, deveria ficar mais controlada.

Concordo plenamente!

Ligya, acredito que o que a Liv quiz dizer é que parece que a Anne Rice fez um comentário de um livro que, ou ela não leu, ou não leu direito. Ela pecou naquele comentário sobre a credibilidade de vampiros escolherem uma cidade pequena à uma metrópole, quando todos nós sabemos que Meyer explicou isto exaustivamente.

Não sei quanto às outras, mas foi isto que me irritou.

Com certeza isso me irritou bastante também.Acho que com certeza ela não leu o livro e talvez tenha assistido somente ao filme.

Eu não gostei da critica.Eu defendo os Cullens!!!
Beijos galera!

Sim, compreendo que ela explicou exaustivamente.
E só devido as mudanças drásticas que ela fez na mitologia vampirica, que algumas coisas fazem sentido.

E colocando minha opinião aqui, isso é em parte o que me fez "não amar" Twilight. Steph exagerou na pieguice. Como se apenas vivessem de amor. Vampiros já vivem eternamente, sem mudanças físicas, vendo a maioria das pessoas ao seu redor morrer. Não é pior ainda quando se vive numa rotina de cidade pequena tendo apenas as mesmas pessoas para ver e conversar?

Deve ser por isso que flerto tanto com o perigo e os vilões. No universo de Steph, eu seria uma Volturi.

Ligya, como eu tenho costume de sempre ler nas entrelinhas, principalmente agora que eu faço Letras e pra mim TUDO tem algo para subtender, eu não gostei da exaltação que ela fez pra True Blood, o que por si só já é algo para rebaixar Crepúsculo.

Que a Rice tem sua opinião, maravilha! Cada um tem o direito de ter sua opinião sobre o que for! Mas, quando externá-la, deve-se tomar o cuidado pra não ofender não apenas quem vai receber a crítica diretamente, mas quem receberá indiretamente - neste caso, nós leitores que gostamos de Crepúsculo.

Sim, em Crepúsculo o "amor está no ar, assim como a complacência e etc", o que é contrário a True Blood e nas obras da Rice.

E eu estarei sendo redundante, mas o que vivo dizendo é realmente o que rotula e separa Crepúsculo de True Blood e das obras de Rice: a Stephenie QUIS escrever dessa maneira, pois ela escolheu determinado público. Se alcançou adultos e não apenas adolescentes, tão melhor pra ela.

O mesmo digo sobre True Blood e Rice: eles almejaram o público adulto, mas conquistaram adolescentes também.

Cada um com seu alvo e cada um com seu gosto.

Ligya Volturi ; Lívia Cullen..hihihihi

(se bem que não acharia nada ruim ser um Black...

Sim, eu penso o mesmo que a Liv. Até tentei ler os livros da Rice, mas o estilo "arraca a pele todinha pra beber o sangue enquanto a vítima ainda está viva", e pior, capítulos inteiros que não saem disto... Não fazem meu estilo.

O que me irrita não são os gostos diferentes, mas achar que escrever sobre cenas nojentas páginas e mais páginas "vale mais" do que um estilo como Twilight. De onde que tiraram que fazer rios de sangue jorrar em um livro torna o escritor mais inteligente ou a trama mais verossímel?

Anne Rice foi uma das pioneiras a escrever sobre vampiros. Ela criou também uma mitologia própria. Uma que acabou sendo copiada por muitos. Muita coisa que nós acreditamos que sempre existiu, foi inventada por Anne Rice. Li vários livros dela e são ótimos. A visão que ela tem, principalmente quando o tema é eternidade, é fantástica. E isso é o que gosto nos livros dela - e gosto em True Blood, e nas aventuras da Anita Blake -, ela não glamourisa (ou glamouriza, glamuriza, ah sei lá) ninguém. Eles são vampiros. Eu acredito que não é moleza ser um vampiro. Carregando um peso de séculos nas costas. Não podendo - direito - encarar o sol, ou comer uma lagosta à termidor. Acho que eu enlouqueceria de tédio em poucos anos.

E tem mais - (É algo que terá na minha fic: "Histórias Que Se Repetem") - vampiros não são santos, assim como qualquer pessoa. É isso o que quero dizer sobre glamourizar alguém. Todo mundo tem o bem e o mau dentro de si. As vezes, essas emoções escapam. É tudo uma questão de como você irá levar isso adiante.

Há uma razão para as histórias dela - assim como True Blood - serem tão sangrentos e violentos. Está no contexto da historia. Os vampiros dela - como os do jogo de rpg vampiro á mascara - unicamente sentem prazer com sangue. É a unica coisa que lhe dá prazer, energia e motivação.

Há alguns anos eu cheguei a seguinte conclusão: as pessoas não "tem o bem e o mal dentro de si", mas sim, idéias, conceitos sobre o que é o bem e o mal e como ela se posiciona dentro destas idéias depende, além da própria história de vida, de como se sente em relação aos outros. A famosa empatia que os psicopatas carecem tanto.

No caso dos vampiros, a transformação os separa da humanidade. Pouco a pouco, eles deixariam de ser "nós" e seriam "eles". Quanto mais tempo como vampiro, menos ligação com os humanos eles sentem.

Aí, tem escritores que preferem descambar pro vampiro que, além de não setirem nenhuma ligação com os humanos, se tornam apreciadores da dor. Verdadeiros sadistas. Rice adora estes.

Na minha opinião (caso vampiros existissem, é claro ), um humano só se tornaria um vampiro assim se já fosse um "humano ruim", ou melhor dizendo, alguém que não se importasse com o sofrimento de outro ser vivo.

Exemplo: não é só porque eu aprecio um bom churrasco que aprecio também a matança do boi. Pode ser contraditório e até hipócrita, mas revela algo importante sobre a pessoa.

Se Rice foi pioneira, Meyer também foi (não querendo transformar o tópico em Rice X Meyer, o que seria absurdo! ). Mesmo dizendo que é "anti-humana", na verdade, Meyer faz uma exaltação da humanidade quando cria vampiros com empatia tão grande com a Humanidade que, mesmo depois de transformados, não perdem esta ligação com os humanos. Que mantém o respeito com seus ex-companheiros de raça como se ainda estivessem em seus primeiros dias.

Enquanto Rice carcteriza a transformação vampírica também do ponto psicológico (sinceramente, a sociedade vampírica dela me dá embrulhos até pela sua forma de se organizar e interagir), Meyer apresenta vampiros que não abandonaram seus ideiais por causa da transformação. Como ela mesma diz, ela quis ressaltar que sempre se tem uma escolha".

Sabe aquela parte do filme Entrevista com o vampiro[i] em que Lestat (nem lembro mais como se escreve, era o personagem do Tom Cruise) morde o jornalista e ele faz a famosa pergunta: "Você pode aceitar isto ou deixar o sol acabar com tudo de uma vez. O que escolhe?". Viu?

Depois do que Rice nos apresenta, eu escolheria a morte.

Existe um personagem em True Blood, o vampiro Bill Compton, que é o mais "humano" de todos os vampiros da série. Ele vive em mainstreaming - tentando conviver com os humanos - e namora uma humana, a telepata Sookie.

Ele é apaixonado por ela, e todos sabem disso. Inclusive ela. Eles se amam. E ele já matou - mais de uma vez - por ela, e quem ameaçar a vida dela, ele passa por cima.

Isso não é lidar com o bem e o meu dentro de si?
Qualquer pessoa num caso de estresse, é capaz de matar. Não é um conceito. Já ouvi isso da boca do meu pai - e eu fiquei chocada porque meu pai é o cara mais tranquilo do mundo. Ouvi ele dizer que por mim e por minha irmã, ele mataria. E não duvido. Tenho certeza que qualquer pai ou mãe, o faria.

Ainda mais, um vampiro, que consegue poderes inimáginaveis. O poder corrompe.

Mas o que você falou não vai contra o que eu expus, Ligya. Ao contrário. Fazer exceções, como "matar é adimissível se for para proteger a quem você ama", também é uma idéia cultural pensada, assimilada e aceita por alguns indivíduos.

Sob estresse, ninguém age como normalmente agiria, porque geralmente as situações de estresse fogem a tudo o que você já tenha sido obrigado a pensar. Ali, os sentimentos mandam, os hormônios, etc; ainda que permeados de pensamentos e convicções que flutuam em nosso subconsciente. (Já percebeu que, quando alguém está com medo ou com raiva, não consegue parar de repetir certas afirmações?).

Sim, sim, é verdade.

A grande verdade é nós estamos sim, tentando comparar as obras de Steph Meyer e da Anne Rice. Anne Rice escreveu - exaustivamente - sobre vampiros há, sei lá, 20 anos, e Steph Meyer fez uma nova versão disso. Sob um ponto de vista mais "humano", quase que para "arrebanhar" um publico que supostamente se identificaria com os personagens.

E arrebanhou. 90% dos adolescentes amam Twilight.

Agora vem minha opinião: é uma linda historia. Linda mas tolinha demais. Prefiro mil vezes True Blood. Que segue uma linha mais clássica, o grande combate entre mal X bem. Um tema corrente desde Shakespeare.

Fora que True Blood, tem uma pegada política que é fantástica. Me lembra um pouco X-men. Aceitar os diferentes ou não?

Interessante.
Com os vampiros da Rice a convivência seria impossível (kkkkk, desculpe a repetição incansável da minha opinião).
Sabe, eu estava lendo a Veja e vi um artigo sobre True Blood (que confesso, ainda não conheço). Agora entendi um pouco mais a trama e, realmente, a questão da inclusão dos vampiros por causa do tal "True Blood" é muito interessante!!!

Adoro debater com a Ligya! Aliás, adoro este fórum! DV também é cultura!!!!!

Belzinha,
eu recomendo True Blood. Viciei a Diana e a Grá.
Hahuuhauahhuahuaauhahuahuahuahuahuahuauhahua.

Elas adoraram.
Tá vendo esse loiro aqui? Do meu avatar e da minha assinatura? Pois é, ele é um dos caras que é anti-herói. Ele é perfeito. Ele foi um Viking e tem uns mil anos. No episodio de domingo passado, mostrou um flashback de quando ele foi abraçado. Foi maravilhoso vê-lo quando era mortal. Absolutamente delicioso.

"Abraçar" é o mesmo que "ser mordido"?
(Desculpe o flood, gente - que aliás, já tá rolando desde muitos posts atrás, - mas eu tenho que perguntar para a Ligya!).

Ah, e vc conhece a Belzinha lufana-cullen aqui, Ligya... Se é malvadão, ainda que gato (e muuuuuito gato, aliás!!! UAU!!!), eu finco a estaca neles!!!

É, é sim.
Sorry o termo técnico. Mania do jogo de vampiro.

Citação :

Belzinha lufana-cullen

Não sei quem é. Huhuhuauhauh.
Ele não é malvadão! Pelo menos até agora. No livro 4, ele perde a memória devido a um feitiço de uma fada - é, nos livros tem lobisomens, fadas e etc. - e fica mais maravilhoso do que já é.

Eu até encontrei uma camiseta, escrito assim: Meu homem ideal é: - 6' 4'' (altura né? Seis pés? Sei lá.)
- undead (morto-vivo)
- a former viking (um antigo viking)
- cursed with amnesia (amaldiçoado com amnésia)

huauahuauhauhahuh
http://www.zazzle.com/eric_is_my_ideal_man_tshirt-235326915966875516

kkkkk
Adorei!

Hum... Então, com anti-herói vc quer dizer o tipo "Saco, eu não sei porque esperam que eu seja bonzinho!" (??????)

Bem por aí.


Como o House, como Jane, como Sawyer, como Jack Sparrow...

Entende?

Bel,
tem um topico aqui no Dv sobre True Blood. Tá em seriados!
Lembro que a Nika tava acompanhando. Não sei se tá mais. Passe lá!

Ah, velhinho, eu também AMO o DV!! hihihi...
E não é flood, meninas!!! Discussão que gera discussão


Essa situação sempre vai acontecer.. como eu disse pra minha prima há dois dias: o fato de você não gostar, ou de simplesmente não se identificar, não torna uma obra literária-seriado-música ruim ou que não seja cultura.

Essa diferenciação vampiresca entre Tru Blood e Twilight é que faz com que discutamos tudo com tanto afinco! Tudo é muito diferente, paradoxo. Equanto um exalta a humanidade como escolha moral, o outro (Rice) escolhe o fato de você se alimentar de pessoas como necessidade.

Como disse a Bel: se fôssemos seguir a risca e não fôssemos nem um pouco hipócritas (como ser humano), nunca comeríamos carne, pois uma criatura precisa ser morta pra que nossa necessidade seja sanada. Se tivéssemos a mente esclarecida, pura e totalmente respeitosa, só comeríamos algo se esse algo não precisasse morrer.

Agora dizem: mas isso não tem nada a ver, é o ciclo da vida.

Mas quem estipulou o ciclo da vida? A cadeia alimentar? Com certeza o ser mais forte. Minha mãe, por exemplo: adora carne, mas não consegue assistir a um vídeo digno de Globo Repórter quando um leão ataca uma zebra pra se alimentar. Eu falo a ela: mas você come carne, por que o leão não pode? Aí ela vem com o papo de que ao menos não vê a vaca/boi/porco/ave morrendo. Ah, e minha mãe não mata galinha, e quando ela morava com os pais, no sítio, não ficava nem pérto de minha avó quando ela matava frango. (cidade pequena, sabem como é...rsrs)

Mas pra concluir meu raciocício.

Não adianta falar que discutiremos dois assuntos sem comparar um com o outro. Isso não existe. Para se analisar uma situação, acaba embasando em outra.

Rice foi pioneira com seus vampiros assim como Meyer foi com os dela - ao menos na arte mostrada ao mundo, pois imaginação nunca faltou a ninguém.

O fato de os vampiros idealizados/vistos por nós hoje deve-se principalmente a Rice e, claro, Bram Stoker.

O meu, para mim, a meu prazer.

E tanto Meyer, até com seus vampiros bonzinhos, tem seu grau de maldade.
Ou vão me dizer que Edward é santo, ou a Irina?? Nenhum é, mas todos são, pois tentam não ser tão cruéis ou usar sua superioridade em detrimento do outro.

Só mais uma coisinha...

Quanto a cada um ter o mal e o bem dentro de si, e cabe a ele decidir como usar e se portar diante de tudo e todos...

HOJE eu creio nesse ideal. Hoje passo por problemas que nunca pensei que passaria. Hoje vejo pessoas que sempre me foram e pareceram dignas de respeito, pessoas boas e amigas que puxaram o tapete de tal maneira que, com certeza, tinha uma parcela de maldade dentro de si (pois dar rasteira em quem está caído, para mim, é maldade sim). E meu pensamento foi que essa pessoa se explodisse, pois não estaria ligando (mesmo convivendo com ela minha vida quase toda).

Fui má quando pensei nisso? Fui, assim como fui vingativa. Mas ao menos consegui controlar meu lado ruim e traiçoeiro e usar meu lado educado, moral e bom para pensar: que a justiça seja feita; minha consciência e dos meus estão limpas.

Concluindo (eita, que redundância..rs)...

True Blood e TWilight: não tem como não comparar. Vampiros diferentes, vidas diferentes, autores e concepções completamente diferentes para uma civilização há muito debatida.

É isso..rsrs..

Ah, e eu amo o DV!!! *-*

Uau!
Então, só pra fechar esse assunto - que dá mais pano pra manga do que eu imaginava -, eu recomendo True Blood. Se acharem - como a Marcita - que tem sexo demais, é só passar a cena pra frente.

O seriado está no episodio 5 (de 12)da 2ª temporada.
E a 1ª temporada tem 12 episodios também. Já esta a venda nas "melhores lojas do ramo" (ou nas banquinhas de dvds piratas da vida)