HISTÓRIAS QUE SE REPETEM
A Twilight multi-chapter fanfic
By Ligya Ford-Northman
CAPÍTULO 5 – Nostalgia
Dia após dia, o amor esmorece
Como a pele de um homem morrendo
Noite após noite, nós fingimos que está tudo bem
Mas eu envelheci e
Você ficou mais frio e
Nada mais é mais tão divertido.
E eu posso sentir uma de minhas crises chegando.
Eu me sinto frio como uma lâmina de barbear
Apertado como um torniquete
Seco como um tambor fúnebre
(One of my Turns – Pink Floyd)
Caminhei até a mansão respirando aquele ar gelado das árvores que rodeavam o terreno dos Cullen. Eu curtia muito esse tipo de coisa. Lembrava-me minha casa. Lembrava-me Bedford. Lembrava-me minha infância. Lembrava-me os verões com meus irmãos nos parques de Castle Ashby. Ou brincando nos castelos normandos em Leicestershire.
Incrível como eu consigo lembrar cada detalhe. Cada sentimento de prazer, carinho, união, entre meus irmãos, meus pais, meus primos. Os rostos deles continuam jovens e lindos e imutáveis. Sempre evitei esse tipo de pensamento. Dói-me lembrar que já se passaram séculos que eles se foram. Nenhuma vida eterna, nenhum amor duradouro, vai tirar essa dor de mim.
Suspirei e bati na porta da frente da mansão. Os pés vieram rápidos e dei de cara com Alice Cullen. O sorriso dela era contagiante. Coloquei meus planos em ação imediatamente.
- E ai? São oito horas da noite. Que tal dar uma volta só nós mulheres? – perguntei.
Ela arregalou os olhos.
- E fazer compras? – ela perguntou. Sorri de volta. Como é fácil convencer as pessoas.
- Com certeza. – afirmei. – Vamos rodar e gastar.
Ela se virou entrando na casa e eu a segui.
- Penélope! – Dr. Cullen exclamou.
Oh Deus, o que eu faço para me chamarem de Penny?
- Dr. Cullen. – eu disse, esticando a mão.
- Olá, Penélope. – disse Esme. Não podia deixar passar.
- Oh, Sra. Cullen. Tenho que elogiá-la. Aquela cabana é um espetáculo de decoração. Seu gosto é fantástico. Os móveis, as combinações de cores. Aquela cama! É maravilhosa. Onde a comprou?
- Foi pela Internet.
Tinha que ser. Duvido que ela teria pegado um avião e ido até a Neyman Marcus em Nova York.
- É linda. – elogiei novamente.
- Estamos prontas. – ouvi Alice dizer ao lado de Bella.
- Onde vocês vão? – apareceu Edward atrás delas.
- Dar uma volta. Fazer umas compras. Mostrar a cidade para Penny. – disse Alice. – Não vai proibir, vai?
Edward levantou as sobrancelhas. Os olhos dele pousaram em Bella, em Alice e por fim, em mim.
Levantei as sobrancelhas e segurei o olhar. Ele esta tentando ler minha mente de novo.
- Não consegue ler minha mente, não é? – eu perguntei, e as sobrancelhas dele quase chegaram ao seu coro cabeludo.
- Não, Sra. Brooks, não consigo. Nem você ou seu marido. Como fazem isso? Como conseguem bloquear? – ele dobrou os braços sobre o peito, como se aquilo fosse uma espécie de desafio.
- Especificamente não saberia explicar. – como explicar uma coisa dessas? – Mas eu consigo. Eu aprendi. E ensinei Spike.
E consegui também ler a mente dele. Ele estava preocupado com Bella. Mas com Bella do que com Alice. E o problema não era a cidade, o carro, as ruas, dar uma volta. Era eu.
Suspirei.
- Não se preocupe, Edward Cullen. Nada vai acontecer com sua preciosa... namorada. Eu não sou um bicho papão. Não precisa ter medo de mim.
- Então você consegue ler a minha mente?
- Fácil, fácil. Não se preocupe. Pode ir conosco. – convidei.
- Não, não! – exclamou Alice. – Só mulheres! Esme? Me ajude aqui.
- Relaxe, Edward. Deixe as meninas se divertirem. Estou até pensando em ir junto. O que acham? Vou chamar Rosalie.
Sorri, e encarei Edward. Mandei uma mensagem para a mente. Algo que ele pudesse “ler”.
Se eu quisesse fazer algo com Bella, ninguém me impediria. Nem você.
E ri diante do olhar chocado dele.
Tolinho.
XxLFNxX
Gostei de Port Angeles. É parecida com uma metrópole, mas é menor que uma cidade grande, como as várias que já passei. Está aí algo que posso escrever sobre: cidades. Poderia escrever um livro sobre a evolução das cidades no mundo todo. Poderia colocar um titulo bem pomposo até: As modificações metropolitanas desde o século XVI.
Você compraria?
Freei em um farol, e senti Bella, sentada ao meu lado, respirar fundo. Ela me encarou com os olhos arregalados:
- Qual é o problema de vampiros e velocidade?
Gargalhei.
- Bem, acho que é devido ao fato, de que a maioria andou em marcha lenta.
- Mas acontece que se você bater esse carro, quem vai virar patê sou eu, não vocês.
Olhei pelo retrovisor e encarei Alice e Rosalie. Apenas Alice tinha achado aquilo divertido. Rosalie ainda me encarava como se eu fosse um ser desprezível.
- Entre nessa rua agora. – Bella ordenou.
- Direita? – perguntei.
- Direita. – ela repetiu. – Vocês planejam comprar o quê especificamente? – perguntou olhando pra mim.
Olhei para Alice pelo retrovisor e vi no olhar dela um brilho que só as viciadas em compras possuem.
- Coisas bonitas, Bella. – soltou ela olhando pra mim, pedindo confirmação.
- Exato. O que tiver de bonito pra comprar.
- Okay. Então, se tiver um... sei lá... um lindo filhote de girafa pra comprar, você compraria? - perguntou.
Ri. Adoro ironias.
- Teria que comprar uma gaiola pra ela, e... o que girafas comem mesmo?
- Elas são vegetarianas, eu acho. – soltou Alice.
Ri de novo. Alice era pior que eu.
Bella segurou uma gargalhada. Ela não parece alguém que curte compras, mas parece curtir o passeio. Agora aquela loura nojenta... Se ela empinar aquele nariz mais um pouquinho, eu pago um táxi pra ela se mandar da minha frente.
Não entendo o que eu fiz pra ela. Será que é a minha cara? É engraçada ou quê? Será que sou só eu ou ela é azeda assim com todo mundo? Dá vontade de... Olha, eu sei que prometi parar de usar poderes nos outros, mas dá vontade de fazer ela lamber o chão onde eu piso.
Melhor mudar de assunto.
- Alice, você que me parece ser uma garota entendida do assunto. O que tem de grifes nesse shopping que nós vamos? – perguntei.
- Nenhuma.
- Nenhuma? – o que podia esperar também?
- Nenhuma. – repetiu. – Seattle tem, mas a única em Port Angeles é a K-Mart.
- K-Mart não é grife.
- Exato!
- Ah não! – até perdi a vontade de fazer compras. Olhei as meninas e vi que Alice ainda não tinha perdido o bom humor. Bella estava serena ao meu lado, confiante que ao menos riria muito conosco. Agora Rosalie... bom, acho melhor eu ignorá-la. Pensando bem, melhor continuar com o passeio. - Bom, vamos gastar de qualquer jeito. Deve ter algo legal em algum lugar. Preciso de botas novas. E uma capa de chuva.
- Eu preciso de... hummm... – Alice parecia pensar.
- Hummm... – fez Bella e eu a segui.
- Dá pra parar? Preciso de... coisas da Clinique.
- Gel pra banho, loções, velas?
- E coisas assim. Jasper gosta de bons cheiros.
- Estou vendo. – tive que rir, avistando o estacionamento do shopping. Manobrei na cancela e em segundos já estávamos saindo do carro.
- Tem que ser Clinique? – perguntei. Existem melhores. – Não pode ser Cherry Blossom, ou Victoria’s Secrets?
- Não tem Cherry Blossom ou Victoria’s Secrets aqui. Só em Seattle. – ela continuou caminhando conosco na direção dos elevadores, quando de repente, girou o corpo e nos encarou. – Amanhã vai chover o dia todo.
- E? – perguntou Rosalie. Primeira vez que a vejo abrir a boca a noite toda.
- E que tal irmos até Seattle? – perguntou as sobrancelhas arqueadas para mim. – Há uma loja com peças de Roberto Cavalli e Zac Posen.
Deixei meu queixo cair.
- Zac Posen? Eu tenho um Zac Posen. – eu disse. – Vermelho.
- Quero comprar um Roberto Cavalli para Bella. E encomendar um vestido de noiva.
- Vestido de noiva? – fiquei chocada de novo. - Quem vai casar?
- Eu. – soltou Bella. – Talvez.
- Diga esse talvez para Edward pra você ver. – disse Alice.
- Tá falando sério? – perguntei. Ela estava sim. Estava chocada. Uma humana casar com um vampiro? Isso é... acho que nunca vi isso.
- Não me olhe assim. – Bella pediu.
- Assim como?
- Como se eu tivesse um problema mental.
Mas deve ter.
- Tá certo. Não vou olhar. – e apertei o botão para chamar o elevador.
- Talvez um Vera Wang, ou...
- Pare Alice! – pediu Bella.
- Vera Wang é modinha. Todo mundo casa de Vera Wang. – tive que dar minha opinião, apesar de achar que Bella tinha realmente perdido a noção do que era ou não era loucura. As portas do elevador se abriram e nós entramos. – Se você vai mesmo gastar uma pequena fortuna com um vestido de noiva tem que gastar com um... Balenciaga, ou um Chrystian Lacroix.
Alice me encarou pensativa.
Rosalie bufou.
- Dior! – eu exclamei. – Eu consigo um Dior maravilhoso pra você se quiser.
Bella balançou a cabeça.
- Vocês são loucas. – ela disse.
- Acho um modelo vintage a sua cara.
- Seria lindo. – disse Alice, quando paramos no primeiro andar. – De alças finas, corpo justo e saia solta.
- Ficaria lindo.
- Bella gosta dos clássicos. Nada de modelos diferentes. – continuou Alice, andando ao meu lado. – Sem confetes, detalhes ou babados.
- Então Vera Wang tá absolutamente fora de questão.
- Parem de falar como se eu não se estivesse aqui! – Bella pediu. – Depois eu penso nisso.
Encarei Alice e ela levantou os ombros, desistindo.
- Okay! – exclamei, enquanto andávamos pelos corredores cheios.
XxLFNxX
Damos algumas voltas pelo shopping e compramos tudo o que pudemos carregar. Bella suspirava a ponto de me irritar. Ela não curtia o que nós curtíamos. Ela deve sofrer de complexo de inferioridade, só pode ser.
Ao voltarmos ao carro, Bella soltou que queria ir embora, fazendo Alice e eu resmungar.
- Ah não, não são nove horas. – eu soltei. Esqueci que ela é humana e tem 17 anos. Ela deve ir pra escola amanhã cedo.
- Edward deve estar querendo que eu volte logo.
- Que se dane o Edward. – Alice berrou. – Vamos dançar!
- Adorei! – exclamei. Até senti um consentimento da parte da loura nojenta.
Alice guiou o caminho e chegamos a um bar country. Bella não teve jeito a não ser ficar quieta e ir junto.
O bar estava cheio, mas não lotado. Gostei do ambiente. Cheio de jovens trabalhadores que devem ter ido encher a cara depois de trabalhar o dia todo. Cheiro de cerveja, suor e trabalho. Uma mistura explosiva.
Sentei no bar e um rapaz louro com aparelhos no dentes sorriu pra mim.
- Tequila. Enfileire três copos bem aqui. – e apontei um ponto a minha frente no balcão sem tirar os olhos dele e um sorriso dos lábios.
- Imediatamente. – ele devolveu.
A arte da sedução é a coisa mais fácil do mundo. Não sei o que todo mundo reclama.
Alice, Bella e Rosalie apareceram atrás de mim. Alice estava superanimada. Rosalie parecia indiferente, apesar de pegar seus quadris se balançando ao ritmo da musica. E Bella parecia achar que alguém ia aparecer e pular no seu pescoço em segundos.
- Relaxa, Bella . Você tem três vampiras aqui pra defender seu pescocinho. – tive que rir com o que eu lembrei. – Apesar de que alguns vampiros preferem outros prontos mais... suculentos.
Alice riu e então gritou:
- Vamos dançar! Eu amo essa música!
E então ela começou a cantar:
- “There's a new wind blowin' like I've never known./ I'm breathin' deeper than I've ever done./ And it sure feels good, to finally feel the way I do./ I wanna love somebody,/ Love somebody like you.”
Senti uma movimentação e vi que o garçom tinha colocado os copos de tequila no balcão, exatamente como eu queria.
- E ai? Alguém bebe comigo? – o bom de um bar cheio é que ninguém te ouve. Levei um copo diante dos meus olhos, e as três olharam pra mim como se eu fosse um ET.
Entornei o copo numa única virada, e senti o líquido amargo descer pela minha garganta. Vantagem em ser uma toreadora. Posso fingir ser uma humana e me beneficiar disso. Não só meu organismo vampírico me deixa engolir a bebida sem vomitar, como meu cérebro me deixa usufruir do álcool.
- Esqueci que vocês não bebem. – eu ri.
- Algo mais, senhorita? – me virei no meu banco giratório e encarei o lourinho sorrindo pra mim.
- De onde você é? Sinto um leve sotaque sulista. – perguntei.
- Louisiana. – ele disse. Que coincidência. Eric vive numa cidade da Louisiana. – Você também tem sotaque.
- Britânico. – voltei a sorrir, jogando meu poder de dominação e sedução nele. E ele era humano, homem e de QI baixo. Fácil como dar tapa em bêbado.
- Tive uma idéia. – e sorri. – O que acha de dançar conosco?
Alice e as outras se entreolharam. Mantive o contato visual, o necessário para fazê-lo me obedecer e ele sorriu.
- Claro! – e ele deu a volta no balcão e foi até mim. Engoli mais um copo de tequila e andei com ele na direção da pista de dança.
A música de Keith Urban continuava, e segui o grupo de chapéu e bota que faziam passos sincronizados nas tabuas de madeira corrida. O passo era fácil e eu e o garçom – que nem lembrei de perguntar o nome – os seguimos.
Olhei para a garota do meu lado e ela me entregou seu chapéu. Moleza!
Segui os passos, e vi à minha frente Alice, Bella e até Rosalie batendo palmas no ritmo da música.
- Vem Alice! - exclamei.
Ela correu na minha direção, e começou a dançar com entusiasmo. Mais entusiasmo que eu, ela cantava a música a plenos pulmões. Metaforicamente, é claro.
Um homem musculoso se aproximou todo sorridente e tentou dançar próximo a nós. Já tinha entendido, meu poder de presença ás vezes, se espalha demais. Riscos da profissão.
Era só ele não ficar como cachorros em cima de uma cadela no cio. Senão, sabem não é? Sai briga.
A música acabou e todos bateram palmas. Entrou Rascall Flats nos auto-falantes e gritei por Bella. Ela me olhou como se eu estivesse a chamando para fazer strip-tease.
- Venha, Bella. É só uma dança. – ela balançava a cabeça negando com força. – E no seu casamento hein? Não vai haver a dança dos noivos?
Alice riu, deixando Bella mais chateada.
Sorri para o garçom que voltou a sorrir e se aproximou de mim. Conhecia aquele movimento. Mas também, depois de toda bola que eu dei pra ele, se ele não se aproximasse eu o acharia que o QI dele não era baixo, era inexistente.
O puxei pra mais perto, e ele me enlaçou pela cintura. E ele me guiou na música, me fazendo rodopiar no salão.
Quem diria? Um grande dançarino de country.
Senti um arrepio quase como se soubesse que fosse acontecer. Mas Alice foi mais rápida que eu.
- Vamos embora! - ela exclamou no meu ouvido, eu ainda nos braços do loirinho.
- Por que? – perguntei, apesar de ter sentido algo errado. Mas ultimamente meus sentidos sensoriais tão um tanto confusos, talvez eu tenha os confundido com outra coisa.
- Isso não vai dar certo. – ela tentou novamente.
Foi quando houve o que ela tinha previsto.
O loirinho caiu no chão depois de nós dois sentirmos a avalanche caindo sobre nós. Era o cara musculoso que veio pra cima do garçom. Eu sabia que podia acontecer. Já tinha acontecido antes. Quando eu comparo homens com cachorros, é porque sei do que estou falando.
O cara, vermelho como um sache de catchup, gritou e então com as duas mãos puxou uma mesa de madeira que ficava ao redor da pista de dança. Ele derrubou tudo o que havia sobre ela: copos, garrafas de cerveja, comida, objetos pessoais, para total choque e fúria dos clientes que estavam sentados nela.
Ele levantou a mesa, e veio na nossa direção. Foi o tempo de eu esticar a mão e pará-la no ar. O homem olhou para mim chocado.
- Coloque a mesa no chão. – eu disse a ele. Não falei, era uma ordem.
Eu a abaixou levemente, sem piscar.
- Peça desculpas a ele.
- Desculpe, Chris.
- Agora pague sua conta e vá embora. – o homem virou as costas e saiu dali. – Não se esqueça da gorjeta do garçom!
Me virei para o rapaz e lhe estiquei minha mão.
- Você está bem?
- Estou. Só um pouco zonzo.
- Você está machucado. Eu vou lhe ajudar a se limpar. – me virei para Bella, Alice e Rosalie que nos olhavam chocadas. - Meninas paguem a conta, que eu as encontro no carro.
Segui Chris até o banheiro dos funcionários e ele tentou sorrir para mim.
Foi fácil fazer o que eu fiz, até conveniente. Dentro do banheiro havia um sofá, mandei ele se sentar e peguei um pedaço de papel higiênico e o molhei.
- Obrigado!
- Não há de quê. Fui eu que provoquei isso. – eu disse.
Ele sorriu pra mim.
- Parece que sim.
Me sentei ao seu lado, e limpei a ferida na sua cabeça. Admirei sua pele clara e seus olhos verdes. Podia sentir sua pulsação, seu medo exalando por todos seus poros. A sensação de nostalgia me preencheu. Sangue com medo, com terror. Aquilo estalou na minha língua.
Levei meu nariz até a curva do seu pescoço. Chris se esticou pra eu ter mais acesso. Ele realmente achava que eu estava a fim dele. Beijei o nervo pulsante e ele gemeu. Passei a língua pela sua pele quente, e senti aquele gosto salgado e provocante.
Minhas presas saíram e o mordi. Ele tremeu sob mim, e o mantive firme. Engoli todo aquele sangue quente e senti meu coração se agitar, bombeando mais rapidamente com o medo que ainda restava nas veias dele.
Suguei até ele perder a consciência, e antes que o coração parasse. Essa era a estratégia. Nunca deixar o coração parar.
Lambi a ferida, e vi a marca dos furos começarem a cicatrizar. Trabalho completo.
O mantive no sofá, ele tinha um sorriso no rosto. O prazer de uma mordida vampírica é gigantesco. Só quem já foi mordido é quem sabe. Não há maneiras de se explicar sem experimentar. É quase orgástico.
Sai dali, batendo a porta. E um dos garçons me pegou limpando a boca com as mãos.
O máximo que podem achar, com aquele gesto, é que eu fiz sexo oral no cara. Não deixei marcas, nem cicatrizes. O cara nem vai lembrar direito de mim amanhã. Os colegas dele irão apenas lhe dizer sobre uma inglesa pálida limpando a boca.
Mais que isso ele não irá lembrar.
Encontrei as meninas aguardando do lado do meu carro.
- Ele vai ficar bem? – perguntou Bella.
- Vai, vai sim. – respondi.
- Vamos indo? – Rosalie se manifestou.
- Claro. – declarei.
Em poucos minutos estávamos a caminhos de Forks. Estava alimentada e estranhamente feliz. Spike estava certo. Nenhum sangue de saquinho vai me deixar satisfeita como aquele bebido na matriz.
Era impossível substituir o prazer de sentir a pulsação e a vida contida em um corpo vivo. Mas, dei de ombros, podia ter os dois.
Xx TO BE CONTINUED... xX
N/A: Sei que foi um capitulo sem muitos “oh my god”, talvez só por vocês terem visto uma alimentação verdadeira. Não num urso (ou seja lá o animal que apeteça os gostos da família Cullen) ou uma bolsa de sangue de O negativo. Adorei escrever essa cena. Modo Penny nostálgica on.
Notas:
-
Bedford é um condado a leste da Inglaterra. A casa de Penny, Bedford Hall é ficticia.
-
Castle Ashby é uma casa nobre em Northamptonshire, no norte da Inglaterra. Foi construído em 1306.
-
Leicestershire é um condado no centro da Inglaterra. Nele fica o Donnington Park, onde tem um circuito de automobilismo, e onde tem o festival de rock também.
-
Neyman Marcus – loja de variedades. Roupas de designers, jóias, sapatos, bolsas, móveis. Existem lojas em vários lugares, mas a mais famosa é a de Nova York.
-
K-Mart – também uma loja de departamentos. Só que bem mais barata.
-
Clinique, Cherry Blossom - marca de cosméticos, maquiagem, e cuidados de pele e cabelo.
-
Victoria's Secrets – marca de lingerie mais famosa do mundo – e a mais cara. Também possui uma linhas de cosméticos e produtos de beleza.
-
Roberto Cavalli, Zac Posen, Vera Wang, Balenciaga, Chrystian Lacroix, Dior – designers de roupas, bolsas e sapatos. Os grandes nomes da alta costura mundial.
-
Louisiana – estado no sul dos Estados Unidos. A maior cidade do estado é New Orleans, conhecida como a Meca dos Vampiros.
-
Keith Urban – cantor neozelandês de musica country. Ele é casado com Nicole Kidman.
-
Rascall Flats – banda pop/country americana. Ficaram famosos com o tema do filme de animação Carros.
Agradecimentos:
-
Anis – Que bom que você tá curtindo a história. Pois é, Spike é fora do comum mesmo. Mas a felicidade dele vaia ser abalada pela chegada de um terceiro forasteiro. O que será que esse indivíduo fará com a cabecinha do Spike e Penny?
-
Grá – Fico feliz de você gostar da Penny. Ela é meio difícil de engolir. Ainda mais com tudo o que virá. Mas eu confio na integridade dela. Afinal, nem preciso dizer você já sabe. Você antes de todo mundo sabe como vou levar a historia. Só que eu jogo essa pergunta no ar: Qual historia – de acordo com o título da fic – irá se repetir?
-
Lari – minha flor de Beta. Ó hein! Já estou fazendo os planos aqui. Todos os roteiros de passeios. Quero tu, Poli e Nayla aqui em Sampa no Carnaval. “esse Eric é do mal e ele vai aprontar”: será mesmo? Será que ele vai deixar Forks de perna pro ar. Assim como Maryann Forrester fez? Façam suas apostas.
-
Dani – meu xuxu, é, tu demorou mais leu. Até que enfim, não agüentava não poder não conversar sobre True Blood com você. Você pediu pra te mandar mensagem no celular, mas pra variar nunca tenho crédito. E eu respondo: poder, pode. Mas eu não faço isso. Jane é Jane, e não consigo dissociar a imagem dele com o nosso “mentalista” nunca mais. Nem consigo assistir filmes com ele. Não consigo. Mas se você consegue, faça.
Pra quem assiste e ama True Blood, aqui vai nosso fórum: http://true-blood.forumeiros.com/
Ele está em hiatus, passando para um reformulação, mas será reaberto em breve, com todas as notícias da 3ª temporada.
Ah, não esqueça!
True Blood, temporada 3, junho na HBO.